terça-feira, 28 de abril de 2009

Rome, Rome will tear us apart again







Os flocos de neve. Foi isto que me deliciou no deslumbrante peplum "The Fall of the Roman Empire" (1964), de Anthony Mann. Depois foi aquela corrida de cavalos que furava a floresta e que opunha Lívio e Cómodo (um irreconhecível, de tão novo, Christopher Plummer).
Sophia Loren ia passando no ecrã, imperial. Fez uma boa performance como filha abnegada de um Marco Aurélio moribundo e mulher apaixonada : sempre que o par amoroso Lucila/Lívio surgia, apetecia cantar: "Rome, Rome will tear us apart again..."
E depois das cenas magistralmente filmadas nas geladas florestas bárbaras da última fronteira do Império Romano, fez-se luz quando nos vimos numa Roma de mármores, togas e estátuas gigantescas. Deslumbrante, o mergulho de Cómodo na piscina azulíssima do seu Sanum Per Aqua. Indescritível, a beleza do cenário do Forum e a visão de Cómodo, já imperador, sentado sob a luzidia loba romana (mas sem Rómulo e Remo agarrados às tetas).

E ao longo dos 153 minutos que durou este filme, o senhor que se sentou ao meu lado dormiu profundamente. Nem as cenas de batalha entre romanos e bárbaros, bem servidas de gritos e espadeiradas, o acordavam. Um sono de justo.





















3 comentários:

  1. Só como referência, estes são alguns dos personagens príncipais do "Gladiador". Estes e o Maximus claro. Provavelmente este filme inspirou o outro.

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  2. A inspiração é claríssima. Fala-se até em plágio descarado dos argumentistas. E os flocos de neve também estão no filme do Ridley Scott.

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  3. Os meus prezados amigos deverão ler o Quo Vadis, já agora.

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