quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sem faísca

A vida e a morte de Harvey Milk, o primeiro gay (assumido) a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos, em 1978, é contada com fluidez por Gus Van Sant, mas sem a faísca formal que admiro nele.
O filme é todo Sean Penn e a interpretação magistral que faz: a paixão com que beija os amantes, o olhar apaixonado que lhes deita, a sua vivacidade de activista gay são desarmantes. Emile Hirsh ("Into the Wild") não lhe fica atrás no talento, com o seu gay vivaz de cabelos encaracolados e óculos impossíveis.
É um filme informativo; um documento importante que nos mostra, através de impressivas imagens de arquivo, a humilhação e a violência de que eram vítimas os homossexuais na América.
Gus Van Sant, assumidamente gay, não fez um filme inocente em pleno ano de 2008, onde na América se votavam referendos sobre casamentos gay.
O filme resulta certinho, o que me aborrece. No entanto, continuo a achar Gus Van Sant um exímio contador de histórias (visuais) americanas.

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